quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Aeroportos JFK e Newark reabrem após passagem de Sandy por NY


Os aeroportos internacionais John F. Kennedy e Newark Liberty reabriram nesta quarta-feira (31) depois de dois dias fechados pelo desastre Sandy


Mas os dois aeroportos ainda operam parcialmente, com voos limitados, segundo a Autoridade Aeroportuária de Nova York e Nova Jersey.
Os aeroportos de LaGuardia, que ainda está alagado, e Teterboro, no entanto, permanecem fechados.
Normalmente, 300 mil passageiros usam os aeroportos JFK, Newark e La Guardia por dia, segundo as autoridades.
A tempestade provocou o cancelamento de 15 mil voos, 6 mil deles apenas na terça-feira, de acordo com a consultoria FlightAware.
Apesar disso, não chegou a haver caos nos aeroportos da região nordeste dos EUA.
Aeroporto de LaGuardia, em Nova York, ainda alagado nesta quarta-feira (31) (Foto: Reuters)Aeroporto de LaGuardia, em Nova York, ainda alagado nesta quarta-feira (31) (Foto: Reuters)
Metrô
O sistema de metrô de Nova York retomará seu serviço de maneira limitada na quinta, após a suspensão total desde domingo à noite pela passagem de Sandy, disse o governador do estado, Andrew Cuomo.
"Um serviço limitado do metrô de Nova York, ajudado por uma 'ponte' de ônibus de Brooklyn a Manhattan, começará amanhã", disse Cuomo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ex-presidente argentino revela como matava e desaparecia com corpos


Jorge Videla foi presidente da Argentina entre 1976 e 1981. Ex-ditador, está preso desde dezembro de 2010 por crimes cometidos durante o período em que esteve à frente da ditadura militar.
Há um ano, o jornalista argentino Ceferino Reato conseguiu entrevistar o general. “Eu estava na prisão, onde está Videla, e entrevistava outros militares presos também por crimes contra os direitos humanos, já que eu estava escrevendo um livro sobre os anos 70. E na saída, quando acabou o horário de visitas, eu vi Videla se despedindo da mulher dele. Eu me apresentei, e, para minha surpresa, ele me deu uma entrevista. Eu pensava que, no máximo, ele poderia me responder algumas perguntas por escrito. Mas percebia que ele tinha vontade de falar. E nesse momento, faz um ano, ele tinha 86 anos e tudo indicava que ia passar o resto da vida na prisão. Suponho que, por isso, foi uma grande casualidade”, conta Reato.
A vontade do ex-presidente de falar era imensa. O jornalista voltou outras vezes à prisão para dar continuidade à entrevista. “A primeira entrevista durou três horas e meia. Não podia gravar, porque não se podia entrar com gravador na prisão. Então, eu tomava notas. E depois, em casa, as passava a limpo. E na outra sessão, digamos, eu entregava-lhes as notas, porque queria escrever somente ‘entre aspas’ o que ele queria dizer. Que não fossem declarações aleatórias, mas pensadas, motivadas. Só depois ele me devolvia seus escritos, até assinados, com algumas questões e correções”, diz o jornalista.
A declaração sobre a quantidade de mortos no período da ditadura foi dada na primeira entrevista. Videla admitiu que o regime matou entre sete mil e oito mil pessoas e desapareceu com os corpos para não causar uma comoção interna e internacional. “Ele tem um estilo muito frio de contar as coisas. Creio que vive no próprio passado, como um chefe militar que liderou o que considera uma guerra vitoriosa contra as guerrilhas, contra a subversão, como ele disse. Ele se acha um vitorioso porque era isso que teria que fazer”.
Videla revelou que o país se dividia em províncias, que estavam a cargo de um chefe militar que tinha autonomia para escolher como matar e como eliminar os corpos. “Havia vários métodos para desaparecer com os corpos. Por exemplo, atirar os corpos no mar ou em rios. Arremessá-los de avião ou de helicópteros. Enterrá-los em lugares clandestinos, em fossas comuns ou individuais. Às vezes, em cemitérios, mas às vezes na província de Córdoba, em lugares descampados, fora das cidades. Outros eram queimados em fornos, ou eram eliminados por fogo: se utilizavam pneus velhos de veículos e dentro se metia o corpo e se incendiava tudo”.
Tais declarações fazem parte do livro “Disposição Final - uma analogia à solução final”, escrito por Ceferino Reato. No Brasil para o lançamento, o Jornalista concedeu a entrevista à Miriam Leitão na Livraria da Travessa. Veja no vídeo, a íntegra do programa.

Apagões 'não são normais', diz ministro interino de Minas e Energia

O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou na manhã desta sexta-feira (26) que os apagões em série registrados "não são normais" e que isso representou uma "diminuição" na confiabilidade do sistema elétrico brasileiro. O governo sempre  defendeu robustez do sistema interligado do país. Entre a noite desta quinta (25) e a madrugada desta sexta, um apagão afetou os nove estados do Nordeste. Segundo nota do Operador Nacional do Sistema (ONS, houve um incêndio em equipamento entre duas subestações de energia, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), responsável por administrar o Sistema Interligado Nacional.
"Eventos como esse não são normais e a coincidência então é que é mais anormal ainda. É isso que está sendo avaliado. Estamos com equipe de técnicos que vão lá, da ONS, Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]. Estão se deslocando equipes do CMSE [Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico]", afirmou Zimmermann ao chegar no ministério na manhã desta sexta.
É a segunda vez nos últimos 35 dias que ocorre um apagão na Região Nordeste. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país.
O ministro interino, Márcio Zimmermann, que está no cargo em razão de afastamento para tratamento de saúde do titular Edison Lobão, está reunido com o comitê, além de representantes do ONS e Aneel. Eles discutem medidas a serem adotadas.
Ele admitiu que a confiabilidade do sistema elétrico interligado está abalada. "Nós temos uma sequência de reuniões e diversos procedimentos vêm sendo adotados nas últimas semanas justamente por causa dos eventos que ocorreram em sequência neste mês. O sistema elétrico brasileiro é um dos maiores sistemas de transmissão do mundo. Ele sempre trabalha com um nível de confiabilidade bom. E nós tivemos no último mês, nesses eventos, uma diminuição dessa confiabilidade que ainda não se tem as razões, sempre se inicia com equipamento falhando e a proteção primária não atuando e aí levando para a proteção secundária alternada e provocando eventos de grandes proporções. Isso que está sendo avaliado.”
Zimmermann afirmou que o governo tomará providências e manterá a população informada do que está ocorrendo.
O apagão
Foram atingidos os estados da Bahia, do Ceará, do Maranhão, da Paraíba, de Alagoas, de Pernambuco, do Piauí, do Rio Grande do Norte e de Sergipe, além de parte do Pará, e do Tocantins. Segundo o ONS, houve desligamento total das cargas dos estados do Nordeste. Na região Norte, foi desligada 77% da carga. Em nota, o órgão informou que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste não foram afetadas.

Mais cedo nesta sexta, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que estão em curso medidas corretivas e preventivas para buscar minimizar esse tipo de episódio. "Mas é o que eu digo sempre, a gente faz todos os esforços para evitar, mas dizer que não vai ter [novo apagão] é impossível, porque equipamento falha. Está acontecendo com intervalo de tempo pequeno, mas fica uma série de intervalo enorme sem acontecer."

sábado, 6 de outubro de 2012

Relato de sobrevivente de naufrágio encontrado na Paraíba


 “Explodiu a segunda vez e a gente viu, a gente já estava n’água. Não tinha mais jeito de querer voltar para o barco, porque o fogo já estava na parte de baixo, no convés. Aí a gente teve que abandonar mesmo e nadar”. O relato é do comandante da embarcação pesqueira que naufragou na quarta-feira (3), Ramiro Freires Castro Júnior, que foi o primeiro a ser encontrado neste sábado (6) na Praia de Tambaba, no Litoral Sul da Paraiba. 
Segundo Ramiro, o vigia percebeu o incêndio por volta das 22h da quarta-feira (3) e avisou ao capitão da embarcação. Havia nove pessoas a bordo. Porém, o fogo se alastrou rapidamente e não foi possível tomar atitudes para salvar o barco. “Só deu tempo a gente sair e ir para a proa, porque o fogo já tinha dominado em cima e embaixo. O capitão pegou o colete e eu peguei a mangueira, mas não tinha nem jeito porque o fogo era muito alto, grande e forte”, relatou.
Também não foi possível pegar os coletes salva-vidas. “Quando viu que era fogo, todo mundo correu para pegar os coletes. Aí quando abriu a porta o fogo já estava no camarote, porque o escape passa no camarote. Tinha um beliche que estava com os coletes e o fogo estava perto dele, aí não tinha nem como mais a gente pegar”, justificou o sobrevivente. Ramiro relatou ainda que todos os nove tripulantes tiveram que pular na água e ficaram unidos apenas por duas cordas, que acabaram rompendo com o calor das chamas.
A primeira tentativa de encontrar alguém que os salvasse foi quando um navio passou próximo ao grupo. Ramiro e mais duas pessoas tentaram alcançar a grande embarcação e acenar, mas não obtiveram sucesso. O comandante percebeu que não adiantaria se separar do grupo e voltou para os outros seis colegas. No entanto, os outros dois que o acompanharam, que eram tio e sobrinho, se negaram a retornar. “Eles dois nao quiseram voltar. O sobrinho dele não tinha condições, deu um cochilo que queria se afogar. A gente não teve mais notícia dele. Eu acho que o sobrinho dele não tinha resistência e ele não ia conseguir segurar ele só”, lamentou.

O comandante explicou que, durante os três dias à deriva, teve que segurar colegas que estavam com cãibra e fazer muito esforço, mas tentava não demonstrar aos outros náufragos. “Eu achei que ia morrer só que eu não passava isso para ninguém. Rezei várias vezes, dizia que ia dar tudo certo e eles ficavam mais animados”, contou Ramiro.

Por fim, ele tentou, em conjunto com o capitão do barco, nadar até a terra. Porém, ele percebeu que o capitão estava atrasando o processo e pediu que ele voltasse. “Eu disse ‘volta para o grupo que eu vou forçar um pouquinho mais para a terra, se eu conseguir alguma coisa eu mando vir pegar vocês’. Não sei se ele atendeu”, disse.

terça-feira, 24 de julho de 2012

'Homem-pássaro' desafia limites e voa ao lado de aves no Espírito Santo


Conhecido como Homem-pássaro, o paraquedista brasileiro Luigi Cani, transformou seu apelido em realidade durante a gravação de uma série de reportagens que vão ao ar no Esporte espetacular a partir de outubro desse ano. Cani desafiou a natureza e realizou o sonho de voar ao  pássaros no Espirito Santo.
luigi cani (Foto: Divulgação)Luigi Cani voa ao lado dos pássaros em Pedra Azul, no Espírito Santo (Foto: Divulgação)
Nascido em Curitiba, no Paraná, o atleta possui recordes em diversas modalidades de esportes
aéreos radicais individuais e coletivos. Dentre os principais, detém o recorde mundial de
velocidade em queda livre. O homem pássaro também já foi piloto de testes e teve participações como dublê em filmes de Hollywood.
- Estou hoje gravando para o EE aqui na Pedra Azul, no Espírito Santo. Literalmente, me senti um homem pássaro, consegui voar com eles e ainda estou emocionado - definiu Cani.
Além de pular paraquedas, o esportista também pratica wingsuiting, swooping, base jumping,
snowboarding. Não perca em outubro as aventuras de Luigi Cani na tela do Esporte espetacular

Estudante da PUC-Campinas morre após queda em penhasco no Peru


Uma estudante de medicina da PUC-Campinas (SP) morreu no Peru quando fazia uma trilha com amigos no Valle del Colca. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da universidade em nota enviada na manhã desta terça-feira (24) (leia nota na íntegra abaixo). Paula Sibov tinha 24 anos e caiu de um penhasco quando montava em uma mula em uma região montanhosa daquele país no domingo (22). A jovem é de Osasco(SP) estava em férias e cursava o 4º ano do curso de medicina. O Itamaraty acompanha o caso.
Segundo o jornal peruano Peru 21, a queda foi de 200 metros no Valle del Colca, na província de Caylloma. As autoridades policiais de Colca disseram à reportagem local que Paula retornava da região de Sangalle, em Cabanaconde, acompanhada de amigos, quando a mula que montava caiu de um barranco. Ainda segundo o periódico, policiais e funcionários municipais encontraram o corpo na madrugada de segunda-feira (23). O corpo foi levado para o distrito de Chivay. A liberação depende da ordem de repatriação.
De acordo com colegas de classe, Paula Sibov morava com uma amiga de Júdiaí (SP) na Avenida John Boyd Dunlop, próximo ao campus onde estudava.

Russo costura os lábios em apoio a autoras de 'oração punk'


O artista russo Pyotr Pavlensky costurou os próprios lábios em apoio às integrantes da banda Pussy Riot nesta segunda-feira (23).
Ele fez o protesto em frente à Catedral Kazan em São Petersburgo no mesmo dia em que o tribunal rejeitou pedido de chamar o presidente Vladimir Putin e o líder da Igreja Russa Ortodoxa para depor no caso.
Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samutsevich, de 29, e Maria Alejina, de 24, são processadas por terem improvisado no dia 21 de fevereiro na catedral de Cristo Salvador de Moscou uma "oração punk" intitulada "Maria mãe de Deus, tire Putin". Elas ficarão detidas até janeiro de 2013 e podem ser condenadas a até sete anos de prisão.
Russo costurou os lábios em apoio às integrantes da banda Pussy Riot. Ele protestou na Catedral Kazan em São Petersburgo nesta segunda (23)  (Foto: Reuters)